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Cultivar a saúde mental é promover a mudança de dentro pra fora
- 21 de agosto de 2018
- Postado por: Carla Cabral e Silva
- Categoria: Felicidade
As universidades de Harvard e Yale, nos Estados Unidos, têm, entre os cursos oferecidos, o de Ciência da Felicidade como o mais popular entre seus estudantes. Com base em ensinamentos alicerçados na Psicologia Positiva, lições práticas antes já comprovadas pela filosofia e até pelas grandes religiões, agora ganham atenção e luz da ciência, que tem se empenhado em mostrar que é possível praticar a felicidade adotando um conjunto de práticas diárias, conscientemente. Uma delas, diz respeito ao cultivo da saúde mental e, como consequência, da saúde emocional e do corpo.
Fabiano Moulin de Moraes, neurologista e mestre em ciências, abordou o assunto em sua palestra na Expogestão 2018. Com o tema “O cérebro, nosso guia pela jornada da vida”, apontou uma lista infindável de motivos corriqueiros que causam estresse, em especial, na maioria dos executivos. A resposta para não entrar nesse estado, segundo ele, é mudar de dentro para fora. O médico afirma que pensar no que é saúde leva a outra questão, mais básica, fundamental e fascinante: o que é a vida? A partir do entendimento científico da vida é possível elaborar um conceito sobre o que são saúde, doença e morte e, principalmente, estimular e incentivar nosso papel nessa construção. E mais: como esse processo ajuda a descobrir as finas relações que se estabelecem entre a saúde e o adoecimento do corpo biológico e do corpo social. Leia alguns pontos que ele destacou:
A atenção ao momento presente
Moulin explica que quem deseja ser feliz e saudável deve, inevitavelmente, estar atento à sua atenção. “Comece a perceber o quanto é difícil estar presente no presente, o quanto o passado puxa para uma nostalgia ou para uma frustração, o quanto o futuro leva para uma expectativa que ainda nem se cumpriu, e com isso, você deixa de fazer, no presente, o que precisa ser feito.” Do ponto de vista prático, o privilégio que temos de poder planejar, imaginar esse futuro, pode nos fazer adoecer porque esse “gasto do cérebro” ao imaginar o que ainda não aconteceu, precisa ser balanceado constantemente com o estar presente no presente. “A ideia de saúde mental é estar sintonizado com o ambiente. Precisamos aprender a ter essa flexibilidade e colocar cada momento no seu momento”, explica.
Ressignificação da dor
Pacientes com câncer que são submetidos à cirurgia, sem orientação ou ressignificação da dor, só com o uso de analgésicos, atingem um nível de dor e estresse muito altos. Pacientes que são operados e entendem que a dor é resultado de uma cirurgia, um passo no processo para a cura, simplesmente por esse contexto, têm a dor reduzida de forma mais efetiva que pelo uso de analgésicos como morfina, fentanil, novalgina e paracetamol.
“Mudando a construção que você faz do fato, até porque o cérebro não adiciona a realidade como ela é, você muda o filtro. E mudando o filtro, muda a forma como o paciente reage à doença”.
A definição clara de seu propósito
Um dado que tem sido levado em conta pela Medicina e que antes era entendido como parte apenas da autoajuda e da Filosofia é o propósito. “Umas das principais causas de o idoso adoecer não é simplesmente a idade, é pela perda de propósito, especialmente se ele estiver ligado à profissão e precisar se aposentar, por exemplo, ou encontra limitações físicas ou mentais para executá-la. Mesmo em pessoas com alto risco de desenvolver Alzheimer, aquelas que tinham alto propósito de vida convertiam menos para a doença.”
O exercício de pensar porquê e para quê eu acordo pela manhã faz todo sentido quando se trata de saúde. Quem tiver essa resposta clara, terá menos riscos de ficar doente. Segundo ele, também é importante ler, meditar e ouvir música. “Quem não acha tempo para a saúde, vai ter de arrumar para a doença. A saúde é construção e planejamento, não passividade.”
Gratidão inibe emoções negativas
O médico também enfatizou o exercício da gratidão, que assim como a atenção plena no aqui e agora, pode ser uma ferramenta fantástica para o ser humano, a família e a empresa. Pessoas gratas sofrem menos de doenças mentais, conseguem ter mais empatia, além de satisfação no casamento e no emprego. A área que ativamos quando somos gratos é a área que controla as emoções negativas. Quando você é grato acalma aquela “crítica” constante que assombra os pensamentos e, consequentemente, nossos sentimentos e ações.
A Escola Feliz Vida Livre inclui essas práticas no programa Felicidade.corp, dedicado a estimular criatividade, inovação, produtividade e bem-estar nas organizações, implementando ações de felicidade comprovadas pela Ciência. Em outubro, oferecerá o Curso Ciência da Felicidade – O poder de transformar sua vida com plenitude e assertividade, na Associação Comercial de Joinville. As inscrições podem ser feitas clicando aqui.
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