Blog
Happy hour depois do expediente? As pessoas querem horas felizes no trabalho
- 6 de dezembro de 2018
- Postado por: Elair Floriano
- Categoria: Felicidade Trabalho
“As pessoas querem futuro e oportunidade na empresa”, disse o presidente da EDP Brasil, Miguel Cetas, durante V International Happiness Forum, realizado em São Paulo, na Unibes Cultural. No painel “Reinventando as Organizações”, ele compartilhou a experiência da implantação da Cultura da Felicidade no Trabalho na EDP, processo que vem ocorrendo há 4 anos.
A EDP Brasil é uma holding brasileira do setor elétrico, com investimentos no setor de energia, ativos de geração, comercialização e distribuição em 11 estados: São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Considerado um dos 100 executivos mais influentes do setor elétrico, em 2017, segundo ranking da revista Full Energy, Cetas contou que foi necessário ligar o propósito da empresa com as metas das pessoas para que a cultura da felicidade fosse absorvida. E tudo começou com os gestores. Os 200 líderes foram envolvidos e o objetivo passou a ser o lucro de qualidade, e não a qualquer custo.
Contou sobre a jornada de aprendizado. “Precisamos ouvir o que as pessoas estão dizendo no ambiente da empresa, pois elas querem ser protagonistas de sua vida”. Como cada pessoa é um universo de complexidades, explicou que para realmente mudar a cultura da empresa é preciso tocar e mudar a vida de cada um.
Daí a importância de ser promovido o efeito cascata, com os líderes envolvidos e com verdadeiras oportunidades. “Os funcionários não querem mais happy hour depois do trabalho, querem horas felizes no trabalho”, ensinou. Para conseguir o engajamento dos funcionários da EDP Brasil, foram usados estímulos externos e reconhecimento, criando-se espaço para desabrocharem seus talentos, sendo este avanço considerado o maior aprendizado do projeto.
“Foi essencial envolver as pessoas certas, com transcendência no desempenho de sua função. Vemos uma grande diferença entre um chefe e um líder. O líder inspira as pessoas a se desenvolverem melhor”, explicou o presidente da EDP Brasil.
Em 2018, pelo terceiro ano consecutivo, a EDP entrou para a lista das Melhores Empresas para Trabalhar, da revista VOCÊ S/A. O Guia avalia as práticas de gestão de pessoas e o ambiente de trabalho de organizações de diferentes segmentos de atuação. A EDP ficou acima da média em quatro categorias.
FELICIDADE NO TRABALHO É UMA OPÇÃO
O CEO da Agência Fábrica, Luiz Buono, complementou a fala de Miguel Cetas acrescentando: “precisamos ressignificar o lucro, ver se a empresa contribui para a felicidade das pessoas, ver se é sustentável”. De sua trajetória de 40 anos no mercado de trabalho, Buono frisou que a glória a qualquer custo pode não ser a felicidade. “Não é só a busca pela performance que vale”.
Na visão de Buono, o mundo empresarial precisa, finalmente, se conectar com o imaterial. Citou como exemplo que no MIT (Massachusetts Institute of Technology), um dos maiores centros de tecnologia do mundo, professores pedem para os alunos tirarem os sapatos e molharem os pés no lago, durante uma aula. “Isso é um aprendizado sobre o fato de que as melhores decisões serão tomadas conectados com a nossa essência.”
Em relação à liderança, a recomendação do painelista para os lideres foi para tirarem o foco de apontar as faltas e passarem a valorizar os pontos fortes. “Eu não vi ninguém melhorar com críticas. Eu vi as pessoas melhorarem pondo mais luz no seu jeito de ser e nas suas qualidades”.
Para Buono, o que vai predominar é a nova lógica, a lógica da inteligência intuitiva.