Blog
Não dá para abrir mão da liberdade da melhor versão da sua identidade
Numa noite quente, do outro lado da linha, uma voz começou firme, para depois tremer e desabar no inesperado de uma confissão. “Quero ser quem eu era, aquela pessoa que acreditava no amor, que esperava coisas boas”. Alguém dividia comigo a descoberta feita a partir da disposição de encarar o próprio reflexo, no desejo profundo de recuperar a liberdade de voltar a ser a melhor versão da sua identidade.
Os aprendizados, as relações, amizades, vivências, vão nos formatando. A gente muda um tanto, e mais um pouco. É primordial e faz parte do crescimento. Quando a transformação está em harmonia com o que somos, promove expansão, evolução. E quando se muda por alguém? Para se encaixar numa situação? Ou quando o molde é formado por outra agressão em resposta a ameaças ou violência?
Alguns perdem o sono, o brilho, a cor do sorriso, e a cabeça roda em vertigem. Se apresenta uma variedade de outros efeitos colaterais, sendo o mais corrosivo deles o não reconhecimento da própria identidade. É como vestir uma roupa que não cabe, num aperto de desconforto dentro da própria pele.
Se doar não é se esvaziar
“No que me transformei”? Me surpreendia porque eram palavras de alguém de coração generoso, talvez ocupado demais valorizando o externo e menos a si mesmo. Se doar por inteiro não é se esvaziar, se o coração continuar se nutrindo de amor próprio e absorvendo vibrações de fontes que tragam paz, energia, e mais vida.
Naquela noite, nossas mãos se uniram para atravessar um vale escuro. A amizade tem a nobreza de conseguir acender pequenas ou grandes luzes, pontuando o caminho daquele que está paralisado a vislumbrar apenas neblina. Muitas vezes pouco é necessário ser respondido. O outro só precisa dividir o som da própria voz sentenciando o alívio daquilo a que não quer se resumir, e dando as boas-vindas à sua própria grandeza. Fiquei no papel de ouvir, e de reafirmar: te vejo, te amo, você consegue.
Um novo começo
Enfrentar a si mesmo e admitir que permitiu chegar num estado classificado como “nenhum lugar”, foi o ponto gota d´água para um outro começo. Porque houve vontade absoluta interior, a mudança aconteceu. Foi grandioso notar, há poucos dias, seu leve sorriso brotando da alma, e a determinação de preservar sua liberdade de SER.
Se você ainda tem alguma dificuldade de se respeitar, de se amar, leia também este texto.
Parabéns pelo texto e pela reflexão, nessa busca descobri que, mesmo se descobrindo
é necessário se reversar a viver as maravilhas desse universo de forma silenciosa.
Ser feliz pode ser algo solitário e mesmo fazer um bem danado pro nosso dia a dia.
Grande Abraço.
Clayton, gratidão! Refletir, investir no autoconhecimento é um processo individual e as descobertas podem ser magníficas – como entender que estar sozinho também é sinônimo de alegria. PAZ!
Interessante.
Gratidão, Roma. Feliz Vida Livre para você.
Fico feliz, Janete. Quando as nossas linhas encontram olhares que possam se inspirar a uma vida mais feliz, cumprimos nossa missão. Muito amor.