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Se quiser oferecer-me um presente, dê-me o seu tempo
- 26 de junho de 2016
- Postado por: Carla Cabral e Silva
- Categoria: Felicidade Relacionamento
Hoje, 32. Não existe a ansiedade pela chegada dos quinze, a expectativa pelos dezoito, tampouco a incerteza pelo emplacar dos trinta. Existe apenas uma certeza: a de que hoje é 32.
A gente chega aos trinta com muitas dúvidas e com o receio de ainda não ter feito muitas das coisas que gostaria. Começa a lembrar – e a repensar – o que significava ter trinta anos quando se estava apenas com vinte, por exemplo.
Uma carreira sólida, uma vida estável, os estudos finalizados, uma casa bonita com jardim… filhos, talvez?
E de repente, aos 32, não há mais os receios pré-trinta porque você passa a parar de morar no passado e resolve que é muito melhor acariciar o seu presente. É tão somente nele que habita o nosso viver. E tão somente nele que podemos (re)fazer as escolhas.
Há tempo!
Em um dos filmes do Batman, o espirituoso Coringa diz: So much to do and so little time (tanto a fazer e tão pouco tempo). O tempo é escasso, mas ainda assim, há tempo! Chego aqui e me pego com tanta coisa a fazer e a dizer, tantos sonhos a realizar, uma vontade imensa de aprender e o desejo de ser melhor. Sei que ainda posso, e o mais importante, que o impulso inicial está somente no agora.
– Quando eu crescer quero ser professora, ter dois filhos, uma casa na cidade e outra na praia… O fato é que a gente nunca para de crescer se assim se permite. Barry Schwartz, em O paradoxo da escolha, diz: “todo dia ao acordar de manhã, você tem que decidir que tipo de pessoa quer ser. Em qualquer lugar que olhamos, coisas grandes e pequenas, materiais e comportamentais, a vida é uma questão de escolha.”
O presente é um presente
Então, se quiser oferecer-me algo, dê-me o seu tempo.
Sem pressa, sem esperar nada em troca, sem acanhamento, com todo o seu querer. Mas dê-me se é o que realmente vai lhe fazer feliz. Ele é essencial e limitado. Ele só pertence a você, e só você decide como, com o quê e com quem irá partilhar.
O melhor presente que você pode dar para alguém é seu tempo, pois quando você cede seu tempo, você está cedendo uma porção de sua vida que nunca poderá voltar.
Tic-tac. O presente é tudo que você tem. E se tiver disposição para oferecer o seu agora, terá condições de doar de forma plena e legítima a alguém o que lhe é mais precioso.
No meu agora (nesse instante já é o nosso agora), sou feliz por você estar aqui, por dividir seu presente comigo no vaivém dessas linhas. Que venha a nova idade, um novo tempo. Aos 32, eu sei que ainda não estou pronta.
Mas… em qual momento da vida realmente estamos?
Carla,
Gratidão por utilizar seu tempo e partilhar essa reflexão linda com a gente.
Emocionei-me com as tuas palavras e com a nitidez do (Aqui/Agora).
Beijokas energéticas!!!
Olá, Mariana. Muito feliz em tê-la como nossa leitura e por compartilhar seu precioso tempo. Beijos!
“Aproveita todas as horas; serás menos dependente do amanhã se te lançares ao presente. Enquanto adiamos a vida se vai. Todas as coisas nos são alheias; só o tempo é nosso.” Sêneca
É um bem precioso ao qual muitas vezes não damos a devida importância. Saiba aproveitar e principalmente como e com quem dividi-lo.
Exato, Luiz. “Só o tempo é nosso” e por isso devemos realmente tratá-lo como precioso. Felicidade em tê-lo conosco, sempre!