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Que tal confiarmos, darmos as mãos e colaborarmos?
- 27 de março de 2016
- Postado por: Elair Floriano
- Categoria: Estilo de vida Pessoas
E se você abandonar o medo? Que lugares pode acessar? O que gostaria de fazer? Gustavo Tanaka, empreendedor na Baobbá, contou como foi sua jornada de libertação do medo, que rendeu o livro “11 dias de Despertar”, num recente evento – Spirituality Meet Business, que eu e a Carla fomos conferir, no espaço O Sítio, em Florianópolis. Após abandonar uma carreira no mundo corporativo, ele decidiu aceitar também o fracasso das tentativas de ser empresário em modelos tradicionais. Foi um processo intenso dedicado ao autoconhecimento, estudos, leituras, até chegar à uma sensação libertadora. A ausência do medo o levou a criar, com outras pessoas na mesma sintonia, a Baobbá, que atua fundamentada no bom senso, na liberdade e na confiança. Quebrando os paradigmas predominantes no atual modelo econômico, quem aderiu à ideia está livre para escolher o que vai fazer e quando.
Ficamos encantadas com o conceito de trabalho da Baobbá porque também é o que praticamos no Feliz Vida Livre. Quando surgiu a oportunidade de darmos as mãos, eu e a Carla decidimos dar um passo em direção à liberdade, diminuindo a força do ego e do controle. Pode não ser simples, mas é possível. Vimos na oportunidade da parceria uma porta aberta pelo universo, para irmos mais rápido em direção aos nossos sonhos. Contrariando a tônica do mercado, que é competir, estamos exercitamos coragem, compartilhamos ideias, e assim melhor flui o trabalho. “A vida é fluxo não é esforço. Se a sua vida está muito difícil, mude”, considera Gustavo. Ao nos unirmos, nossa equipe ganhou o slogan de Equipe Feliz, no grupo onde dialogamos sobre as tarefas. O trabalho segue um fluxo natural, colaborativo. Um de nós dá uma ideia, o outro avalia, sugere, e abraça. Quando alguém conclui uma etapa, o outro complementa, e vibramos juntos com o resultado.
Mas como confiar? “É entrega. É preciso não ter medo”. Você deve estar se perguntando: e como fazer para não ter medo? Tem a ver com escolha, e em ficar atento ao que permite comandar o sentimento. Para aprender a confiar, escute o seu coração, que está conectado com a inteligência superior divina e irá promover encontros na mesma sintonia. Gustavo conta que tinha tentado sociedades que não deram certo porque não estava respeitando o que faz bem para si mesmo. Hoje, a espiritualidade está entrelaçada com o seu modelo de negócio. Quem já se conscientizou que estamos todos conectados e que há algo superior coordenando tudo para que o melhor aconteça terá mais facilidade de se entregar. É o oposto da necessidade de dominar tudo o tempo todo. Não é ausência de planos, mas estar confiante de que uma mudança de rumo pode ser a chance da caminhada se tornar ainda melhor.
Algo assim me aconteceu quando precisei sair da Austrália para trocar de Visto, e tive de viajar para a Indonésia. Era a única saída para continuar estudando por lá (sendo necessário sair do país), mas acabaria envolvendo despesas e o estresse todo. Já na Indonésia, tive a sensação de estar numa espécie de prisão temporária – não poderia voltar para Austrália sem a aprovação da embaixada australiana, e a minha passagem de retorno para o Brasil, caso alguma coisa mudasse, era da Austrália. Fui ficando muito assustada com esta curva fora do que tinha planejado. Apenas quando decidi me entregar e confiar (veja neste post) tudo mudou. Consegui aproveitar Bali, e, de repente, fui convidada para ir até Jakarta, onde conheci pessoas maravilhosas, como jamais imaginaria, e até pude visitar um vulcão. Fui acolhida, super bem recebida e vivi uma experiência incrível.
Quer avançar, realizar um sonho? Que tal parar de guardar a sua ideia no fundo de um cofre, dar as mãos e se abrir para um processo colaborativo? “Colaborar é novo. Aprendemos a competir, numa sociedade que não se apoia. A colaboração mudou minha vida”, comentou Gustavo.
Outro dia, uma pessoa muito especial foi corajosa em confessar: “quero me sentir vulnerável, poder abrir todo meu coração”. É possível diminuir a força do medo e de tentar, sendo verdadeiro consigo mesmo, partilhando e deixando o coração pulsar mais forte. “A vida dá sinais, CONFIE. É na vulnerabilidade que as pessoas se conectam”, complementa. Neste artigo, “Você já pode parar de tentar ser forte“, Gustavo conta como perdeu a vergonha até de chorar e de pedir ajuda. Viu, finalmente, que não estava sozinho, e muitas pessoas estenderam as mãos para ajudar.
Podemos construir uma sociedade que se apoia e viver melhor. Vamos dar as mãos?
Impossível não se identificar com o texto do Gustavo. O título diz tudo: “Você já poder para de tentar ser forte.” Ser forte, para os homens, virou dogma até dentro da família. Condições como provedor da família, não chorar, não depender de ninguém, sempre foram impostas em nossa educação. Muito feliz seu raciocínio quando diz, “Ninguém é forte. Não existe isso. Nossa natureza é frágil. Somos tão pequenos diante da vida.” Isso resume tudo!
Que bom. Realmente, é grande o aprendizado com ele, que ressalta a importância de compartilharmos.