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Pontes: tudo está conectado
- 16 de janeiro de 2016
- Postado por: Elair Floriano
- Categoria: Inspiração Viagens
Por algum motivo, talvez por ter um certo pânico de altura adquirido na infância, não gostava de passar em pontes a pé. E parece que o medo é um certo piadista porque todo o caminho que tinha de cruzar em Blumenau, onde morei por um tempo, no início da faculdade, tinha uma bonita e assustadora ponte. A travessia era com os olhos fixos no outro lado, como se andasse numa corda bamba. Mesmo assim, meu corpo balançava e se inclinava o lado da proteção, em direção ao rio, lá embaixo. Era um alívio chegar do outro lado.
Lembrei deste episódio de pontes porque o significado é totalmente diferente agora. Agora, percebo pontes como conexão, como forma de ligação, de possibilidade de travessia, de ver boas surpresas do outro lado. Seria uma pena ter medo de pontes em Gold Coast, na Austrália, que é repleta de canais.
Nas idas e vindas, adoro parar lá no meio, na faixa de pedestres, e contemplar a água, o céu azul radiante, os barcos, os grupos competidores de remo que vencem a distância da água em ritmo sincronizado. Num fim de tarde, enquanto os barulhos de trânsito silenciavam ao meu redor, e parecia ser apenas eu e a paisagem, pude olhar o passado e considerar que todas as pontes ultrapassadas anteriormente foram essenciais para as pontes do presente.
Cada passo, mesmo envolvendo uma queda, é fortalecedor e nos impulsiona adiante. Logo à frente, observando atentamente, as informações se completam e se encaixam. Cada pequena experiência proporciona acesso à trilha seguinte nesta excitante e maravilhosa evolução da vida. Tudo está conectado.