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Para que exercitar o corpo se ele não está a fim?
- 7 de janeiro de 2016
- Postado por: Carla Cabral e Silva
- Categoria: Estilo de vida
Uns meses atrás me peguei tendo uma DR daquelas com o meu corpo. E, apesar de eu saber que aquela conversa não nos levaria a lugar algum, eu parei, sentei e ouvi.
Vida saudável, alimentação balanceada, queima de calorias, exercícios físicos. Para tudo! Quem disse que eu pedi? Não me venha com essa conversa de que é para o meu próprio bem porque essa é uma decisão cem por cento sua.”
E nesse vai-e-vem, essa relação tem durado mais de 30 anos. A mente sempre querendo fazer da parceria uma sociedade de sucesso. E o corpo lá, literalmente fazendo um mole, dando uma de joão sem braço, colocando o pé na jaca… Não é à toa que todas essas expressões referem-se às partes do corpo.
Eu leio reportagens em revistas, programas de saúde, converso com quem fez acontecer e conseguiu resultados surpreendentes. Mas não há nada mais convincente que uma foto antiga para que a gente entenda o recado: é hora de se exercitar. A gente vai, faz matrícula, compra tênis novo, roupa colorida, squeeze personalizado, mas na hora H, joga a toalha. Boxe, step, jump, jazz, dança do axé, dança de ritmos, até que faz a dança da chuva para não precisar acordar cedo e ir no terceiro dia de academia.
Deus, eu estava tão empolgada e justo hoje chove! Hoje chove, amanhã está quente, depois tem sereno e depois de depois de amanhã é sexta. O fim de semana está chegando e é bom começar só na segunda, porque é na segunda-feira que se pega firme. E assim a gente percebe que é tarde demais. Tudo isso porque a cabeça foi lá e fez sozinha, sem o consentimento do corpo. Não perguntou porque já sabia a resposta. NÃO.
Mas foi nessas idas e vindas que o relacionamento entrou na linha. Uma bicicleta surgiu. Não foi de supetão, foi devagarinho. Um passeio aqui, uma voltinha até ali. Uma magrela salvou a parceria e restabeleceu a paz. No começo eram apenas trajetos mais curtos e logo veio o desafio: ir até o trabalho uma ou duas vezes na semana.
Confesso que foi um desafio mesmo: ter que pensar no que levar na bolsa – isso inclui roupas, calçado, acessórios e cosméticos –, na troca de roupa, em como tomar banho, no clima de Joinville que não dá folga para a chuva, no tempo de deslocamento, no trajeto e na segurança ao pedalar boa parte de um caminho sem ciclofaixa. Entrar no carro, girar a chave e ligar o ar condicionado era muito mais tentador porque o corpo adora mesmo é o estado de repouso.
Antes de viajar para a Europa, vendi várias coisas com pouco uso ou que ficariam paradas, mas a bicicleta ficou lá, guardadinha esperando a minha volta. Quando o tempo longe de casa vai passando, a gente deixa de sentir falta de coisas. O que aperta mesmo é a saudade das pessoas. Mas aquela danada faz falta!
Eu não andava de bike há pelos menos 15 anos, mas ela voltou para a minha vida. Eu adotei o hábito ao perceber que pedalar não é somente um exercício físico. É um benefício individual e, principalmente, coletivo. Para o corpo e para a mente.
Carla ! Para nós joinvilenses em tempo de doenças como deng, chicunghunia e zika transmitidos , por um mosquitinho metido a besta chamado de aedes aegypti, mal sabe ele que boa parte da população da cidade já está infectada há tempos pelo “Zica Virús”. Esse genuinamente local transmitido por um objeto dotado de rodas feito em metal e que nos últimos tempos tem se espalhado de forma alarmante pela cidade, trazendo felicidade e bem estar prá quem tem contado com ele. Lembrando esse virús, Zica, só é encontrado em Joinville em outros lugares ele é conhecido por bike, magrela, etc…
Luiz, adorei o trocadilho. Realmente, quem é picado por esse mosquito não volta a ser o mesmo. Um exercício físico que traz benefícios para o corpo e para a mente. Eu curto demais!